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segunda-feira, 3 de março de 2008

Malditos e marginais da MPB




“Praia de Ipanema Simonal sorrindo. Vai na Montenegro toma um chopp e sai”

Paulo Diniz/Odibar

Carioca, Wilson Simonal, nome que talvez seja familiar para muitos, o cantor chegou a fazer enorme sucesso nas décadas de 1960 e 1970. Mas como nem tudo no mundo artístico é uma maravilha o cantor passou por maus bocados, e em vida não teve ainda, o que talvez ele mesmo pudesse achar ser o seu maior sucesso. Veja a seguir um pouco deste artista que estaria fazendo aniversário na ultima terça-feira (26).

Wilson Simonal, 1939-2000
Começou sua carreira em 1961, atuando como crooner, cantou calipsos e rocks em inglês. Nesta época participou dos conjuntos “Dry Boys” e “Os Guaranis”. A convite do apresentador “Carlos Imperial” participou do programa “Os Brotos Comandam”.
Das noitadas dos bailes, de boate em boate, foi parar no templo da Bossa Nova, o “Beco das Garrafas”, levado por Miéle e Ronaldo Bôscoli.
Em 1963, Simonal lançou seu primeiro LP, que estourou a música “Balanço Zona Sul”, de Tito Madi, e no ano seguinte viaja pelas Américas do Sul e Central, junto com o grupo Bossa Três.
Nos anos de 1966 e 1967 apresentou na TV Record o programa “Show em Si Monal”, que o revelou como um grande “showman”. E em seguida veio sua melhor fase, lançou músicas que estouraram pelo país, “País Tropical”, “Mamãe Passou Açúcar em Mim”, “Meu Limão, Meu Limoeiro” e “Sá Marina”, este estilo swingado de Simonal foi batizado como “Pilantragem”.

“Simonal o dedo duro”
No começo da década de 1970, tudo muda, houve um desfalque em sua empresa, seu contador foi acusado supostamente de ter sido o culpado pelo roubo, e durante os interrogatórios Simonal foi acusado de ser informante do Dops, em 1972 foi condenado.
Desmoralizado no meio artístico, sua carreira começou a declinar, e a repressão imposta pela ditadura militar brasileira, levou os jornalistas a acreditarem que Simonal era mesmo o informante da SNI, e assim a imprensa o condenou sem provas.
Depois de sua morte, a família requisitou a abertura do processo, para verificar a acusação de informante do regime. Foram reunidos depoimentos de diversos artistas, além de um documento que o então secretário de Direitos Humanos, José Gregori, atestava que não havia evidências - fosse nos arquivos do SNI ou no Centro de Inteligência do Exército - de que Simonal houvesse sido delator.
Como resultado, o músico foi reabilitado publicamente pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 2003.

Independente das acusações políticas, e dos altos e baixos, “Simonal” sempre se dedicou a sua carreira, gravou cerca de 30 discos, e fez uma carreira que merece a atenção do leitor que se interesse pela boa música brasileira. Mesmo que as vezes esteja esquecida pelos grandes meios de comunicação.

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