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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cinco argumentos contra a obrigatoriedade do diploma

Estou embalado na luta pelo fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo, por isso, quero pegar carona com Ana Estela de Souza Pinto, editora de Treinamento da Folha de São Paulo.

  1. a melhor forma de melhorar a qualidade das faculdades de jornalismo é derrubar a obrigatoriedade do diploma. Vão sobreviver as escolas que realmente fizerem a diferença
  2. se fosse verdade que é necessário diploma para fazer bom jornalismo, o que se fazia no Brasil antes de 1968?
  3. se fosse verdade que é necessário diploma para fazer bom jornalismo, o que se faz nos EUA? Na Inglaterra? Na França? (pra ficar só em três)
  4. a falta de diploma não avilta os salários. A Folha paga salários tão altos quanto qualquer jornal, se não mais altos.
  5. é ridículo dizer que as empresas querem o fim do diploma obrigatório para pagar menos. Não só porque os fatos provam que isso é mentira (ver ponto 4), mas porque o que qualquer empresa quer é ter os melhores profissionais. Os mais competentes. Os mais inteligentes. Os mais bem formados.

Observação importante: não sou contra as escolas de jornalismo. Sou a favor, desde que elas sejam boas. Mas sou a favor também de que o aspirante a jornalista possa dedicar seu precioso tempo a outro tipo de formação, se julgar que é isso que vai deixá-lo mais preparado para fazer um bom trabalho.

Um jornalista precisa fundamentalmente:

  • a) entender do assunto que vai cobrir, para não ser usado pelas fontes; 
  • b) saber levantar informações relevantes que os poderes querem esconder;
  • c) transformar as informações numa história articulada e compreensível.

Escolas de jornalismo não resolvem o ponto a.

Poderiam até ajudar muito no b e no c, mas minha experiência mostra que não fazem isso.

Os pontos b e c podem ser aprendidos em cursos de especialização ou até na prática.


Uma frase de Philip Meyer, enviada por meu prof Marcelo Soares:

"O primeiro problema para o jornalismo de precisão no Brasil será superar um sistema muito rígido que é feito para resistir à inovação. A maior barreira que vejo, de minha perspectiva norte-americana, é a lei que exige que os jornalistas sejam formados em escolas de jornalismo. Essa lei dá às escolas um mercado garantido e as priva do incentivo de fazer melhor as coisas. Sem a lei, as escolas teriam que visivelmente adicionar valor às habilidades existentes de seus estudantes para que pudessem sobreviver. Uma escola profissional deve ser a fonte da inovação e do desenvolvimento para a profissão a que serve. Mas, com um mercado cativo, não há necessidade de que ela faça nada além de assinar certificados de conclusão."

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