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segunda-feira, 17 de março de 2008

Malditos e marginais da MPB




Vou Chamar o Síndico, Tim Maia!!! (Jorge Ben)

O leitor pode discordar a princípio desta coluna "Malditos e Marginais da MPB", estar falando sobre Tim Maia, o gordinho mais encrenqueiro do Brasil. Mas é fato que já fazem 10 anos de sua morte, e ainda é difícil para a música brasileira suprir esta grande falta.
Hoje dia 15, faz 10 anos que Tim "partiu para fora do combinado", e homenagens não vão faltar, com shows por todo o país, que vão de artistas consagrados, da turma do soul, e ainda a rapaziada que está começando, que em lugares pequenos promete fazer a turma dançar.
E ainda recentemente, podemos falar de três fatos que botaram a tona o músico doidão. O lançamento da biografia "Vale tudo", Nelson Mota Ed. Objetiva, um especial transmitido pela TV Globo (emissora que boicotou Tim, e o proibiu de aparições na telinha por alguns anos, esquisito não?!!!), e por último a notícia mais importante, um achado de oito músicas que seriam o "Racional vol. III", um conjunto de músicas nunca lançadas da fase mística do cantor, de quando ele estava filiado à seita Universo em Desencanto e a Cultura Racional.
Tim Maia (28 de setembro de 1942 - 15 de março de 1998)
Sebastião Rodrigues Maia, carioca, nascido na Tijuca, começou a compor quando ainda era criança, e já surpreendia seus 17 irmãos (sendo ele o caçula). Desta época de infância e adolescência começou seus primeiros conjuntos, que fizeram parte alguns de seus amigos que viriam a se destacar também na música brasileira, Erasmo e Roberto Carlos, Jorge Ben, e outros.
Com apenas 17 anos, vai para os Estados Unidos com o sonho de estudar cinema. Lá Tim trabalhou como garçom, cozinheiro, em asilos, como ele mesmo disse: "trabalhava em tudo, mas em geral só onde me davam comida e pousada". Lá passou por maus bocados e aprendeu o que seria de mais importante para sua carreira, os fundamentos da soulmusic, e ainda começou seu envolvimento com drogas. Depois de 4 anos, tendo sido preso algumas vezes, foi pego com alguns amigos fumando maconha em um carro roubado, que o levou a uma prisão de oito meses, e em seguida foi deportado para o Brasil.
De volta ao país, sempre compondo e tocando, é convidado por Elis Regina em 1969 para gravar um dueto de "These Are The Songs", uma composição de Tim.
A gravação chamou a atenção de todos, o que rendeu para o garoto ainda desconhecido a gravação de seu primeiro disco, que já de cara rendeu sucessos como: Primavera e Todo Azul da Cor do Mar.
Os Anos 70
Nesta década, continuou lançando sucessos, e ficando cada vez mais famoso com suas músicas dançantes. Mas mesmo assim pode se dizer que teve altos e baixos, ainda enfrentava dos amigos o descaso de ter sido preso, tinha problemas financeiros e com drogas.
Um ser Racional (1975-1976)
Durante estes dois anos o cantor esteve envolvido com a ideologia "Cultura Racional", e lançou nesta época dois álbuns, Tim Maia Racional, volumes 1 e 2 .
Passado esta fase o próprio Tim renegou estes discos, tirando de circulação, tornando-os discos itens de colecionador. Apesar das letras serem um pouco fracas, o instrumental é muito bom, tendo o privilégio de não ter os sucessos de Peninha, e canções bregas que fizeram parte do repertório em outras fases.
Com este desligamento, voltou a seu antigo estilo de música e vida, compondo mais sucessos como: "Sossego" e "Acenda Farol" (do LP "Tim Maia Disco Club", de 1978).
Anos 80
Lançou em 1983 o LP O Descobridor dos Sete Mares, com destaque para a canção – titulo "O Descobridor dos Sete Mares" (Michel e Gilson Mendonça) e "Me dê Motivo" (Michael Sullivan/Paulo Massadas) um dos seus maiores sucessos. Outro disco importante da década de 1980 foi "Tim Maia" (1986), que trazia o hit "Do Leme ao Pontal".
Artista com histórico de problemas com as gravadoras, na década de 1970 fundou seu próprio selo, primeiramente Seroma e depois Vitória Régia, o qual lançou os álbuns "Tim Maia interpreta clássicos da bossa nova", "Voltou a clarear" e "Nova era glacial".
Anos 90
Os anos 90 foram marcados pela briga de Tim com as gravadoras, retomou a idéia da Seroma e da gravadora Vitória Régia Discos, pela qual passou a fazer seus lançamentos.
Foi regravado por artistas pop do Brasil (Paralamas do Sucesso e Marisa Monte). Em 1992 lança o famoso disco ao vivo, e em 1993 chama atenção quando é citado por Jorge Ben na música "W Brasil" e grava a música "Como Uma Onda" (Lulu Santos e Nelson Mota), sendo um grande sucesso.
Durante a década ainda gravou alguns discos, sendo em seu estilo ou de bossa nova, em 1996 lança dois álbuns ao mesmo tempo "Amigo do rei" e "Os Cariocas".
Em 1997 lançou mais três álbuns, e neste mesmo ano fez uma viagem aos Estados Unidos.

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