William Blanco Abrunhosa Trindade
Nasceu em Belém do Pará, no dia 8 de maio de 1924. É arquiteto, músico, compositor e escritor brasileiro.
Atraído pela música desde criança, quando começou a compor tinha o cuidado ao escrever seus sambas, com letras elaboradas, assuntos e composições das canções.
Nos anos de 1940, quando cursava o segundo ano de engenharia, foi para São Paulo, para fazer o curso de arquitetura, ingressou no Mackenzie College em 1946. Foi para o Rio de Janeiro, e estudou na Faculdade de Arquitetura e Belas Artes, em 1948. Graduando-se em 1950, em arquitetura.
Tem um estilo próprio, descrevendo os acontecimentos a sua volta, com humor ou no gênero exaltação, falando de amor e das desilusões; onde seu samba sincopado, que fugia da cadência vigente do estilo , passou a chamar à atenção dos cantores da época. Sua primeira composição foi Pra Variar em 1951.
Nos anos 50 e 60 seus sucessos foram gravados por Dick Farney, Lúcio Alves, João Gilberto, Dolores Duran, Sílvio Caldas, Nora Ney, Jamelão, Elizeth Cardoso, Dóris Monteiro, Os Cariocas, Pery Ribeiro,Miltinho, Elis Regina e Hebe Camargo. Seu primeiro sucesso foi Estatutos da Gafieira, na voz de Inesita Barroso - gravação RCA Victor - 1954.
Parcerias
Baden Powell - Samba triste
Tom Jobim - Sinfonia do Rio de Janeiro - Suíte Popular em ritmo de samba - 1960.
João Gilberto - Descendo o morro.A montanha/O morro - onde os dois doutores do asfalto, homenajeiam o samba de gente simples e de favela.
Cinquenta e seis parcerias com o violonista Sebastião Tapajós e com outros compositores, num total de quinhentas músicas, sendo que trezentas já gravadas.
Sucessos consagrados
Sinfonia Paulistana, Tereza da praia, O morro, Estatuto da gafieira, Mocinho bonito, Samba triste, Viva meu samba, Samba de morro, Pra variar, Sinfonia do Rio de Janeiro.
Sinfonia do Rio de Janeiro
É composta por dez canções, escritas em parceria com Tom Jobim, em 1960. As canções são Hino ao Sol, Coisas do dia, Matei-me no trabalho, Zona sul, Arpoador, Noites do Rio, A montanha, O morro, Descendo o morro e o Samba do amanhã.
Sinfonia Paulistana
Foi concluída em 1974. Billy Blanco trabalhou nela durante dez anos. É composta por quinze canções, cantadas por Elza Soares, Pery Ribeiro, Cláudia, Claudette Soares, Nadinho da Ilha, Miltinho, coro do Teatro Municipal de São Paulo. Produção de Aloysio de Oliveira e orquestra regida pelo maestro Chico de Moraes.
As músicas se chamam Louvação de Anchieta, Bartira, Monções, Tema de São Paulo, Capital do tempo, O dinheiro, Coisas da noite, O céu de São Paulo, Amanhecendo, O tempo e a hora, Viva o camelô, Pro esporte, São Paulo jovem, Rua Augusta e Grande São Paulo.
Destacando-se o carimbó épico Monções, e a original fusão bossa-pop em O tempo e a hora.
Billy Blanco e Pedro Sol cantam Teresa da Praia
- Lúcio!
Arranjei novo amor no Leblon
Que corpo bonito, que pele morena
Que amor de pequena, amar é tão bom!
- O Dick!
Ela tem um nariz levantado?
Os olhos verdinhos bastante puxados,
Cabelo castanho e uma pinta do lado?
- É a minha Teresa da praia!
- Se ela é tua é minha também
- O verão passou todo comigo
- O inverno pergunta com quem
- Então vamos a Teresa na praia deixar
Aos beijos do sol e abraços do mar
Teresa é da praia, não é de ninguém
- Não pode ser tua,
- Nem tua também
- Teresa é da praia,
Não é de ninguém
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